quarta-feira, 26 de março de 2014







Mudei de mesa. Terrível o olhar desse cara aí. Não me odeia. Não me inquire. Não me deseja.
Parece que quer ser eu.







quinta-feira, 20 de março de 2014

terça-feira, 18 de março de 2014






sentado na escadinha que dava para a rua, camisa aberta, portão aberto, olhos abertos por cima dos óculos de brechó, fabricio lia um leminski. entre os dedos ensanguentados, um cigarro que eventualmente levava à boca, a cinza caindo sobre o pé enchinelado. quando a polícia chegou, o corpo da mãe ainda estava quente lá na sala. sentaram a mamona dentro do camburão, sem dó, mas ele não deu um pio. e nem na cadeia aceitou raspar - pelo menos aparar, meu filho - o bigodão responsa.











quarta-feira, 12 de março de 2014







Óculos escuros, saia de organza barata e botas até o joelho a 30 metros de um ponto de ônibus empoeirado da Avenida Brasil.
Depilada com cera pela primeira vez, e pela primeira vez com frio na barriga desde o nascimento do terceiro filho.
É bom que valha muito a pena.
Meu Deus
tem
que
valer.






quarta-feira, 5 de março de 2014







Os filmes de Von Trier.
Os livros de Rushdie.
Os espetáculos de Martinez.
As obras de Hirschhorn.
A música de Rodriguez-Lopez.
Tudo tornou-se repentinamente patético diante daquele caixãozinho branco de um metro e dez.