terça-feira, 18 de março de 2014






sentado na escadinha que dava para a rua, camisa aberta, portão aberto, olhos abertos por cima dos óculos de brechó, fabricio lia um leminski. entre os dedos ensanguentados, um cigarro que eventualmente levava à boca, a cinza caindo sobre o pé enchinelado. quando a polícia chegou, o corpo da mãe ainda estava quente lá na sala. sentaram a mamona dentro do camburão, sem dó, mas ele não deu um pio. e nem na cadeia aceitou raspar - pelo menos aparar, meu filho - o bigodão responsa.











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