quarta-feira, 5 de agosto de 2015






Eu era capaz de desmontar e montar o fuzil Mauser em 27,7 segundos, de olhos vendados. As mãos ignoravam o óleo nas peças - cão, ferrolho, mola do percursor -, iam desmanchando o bicho com a ajuda de um toquinho de pau e, deitadas as partes, começavam o processo inverso, precisas, inabaláveis. Tinha certeza de que, se houvesse mais uns milhares iguais a mim, o Brasil estaria pronto para vencer qualquer exército inimigo, em nosso território ou fora dele. Contanto, claro, que as batalhas se dessem dentro de quartéis minimamente equipados, sobre tapetinhos devidamente limpos, com juízes imparciais e cronometragem de alta precisão, observado ainda o direito ao uso de recursos eletrônicos para eventuais desempates.






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