quinta-feira, 5 de novembro de 2015
Para cortar caminho até a igreja, Dona Eulália, professora matrona da escola da vila, passa pelo cemitério. Leomir preferiria ficar sem os cartuchos da coroação a pegar o atalho. Mas ela insiste, puxando o sobrinho pela mão, carrapichos a salpicar as anáguas. Metida a intelectual, leciona sobre os cadáveres:
- Anda, menino! Mortos não pensam, logo não existem.
E Leomir, como se não bastasse o assombro das catacumbas, agora teme a tia que lhe descarta os medos. "Velha doida."
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