sexta-feira, 25 de outubro de 2013







Eu saía às três e pouco pra buscar a lenha e fazer o café dos homens e lá estava ela, sentada em cima do monte de terra na encruzilhada da estrada, brincando de boneca. Desde a primeira vez, eu nunca passei reto. Perguntava o que ela estava fazendo ali sozinha àquela hora.
Não me respondia.
Quando eu ia chegando mais perto, ela virava um cachorrinho branco e saía correndo no rumo do córrego, descendo na escuridão até sumir.
Era aquilo toda última quinta-feira do mês, desde que fora enterrada no cemitério que ficava no pasto abaixo.
Vai ver, não era eu que ela esperava.













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