quarta-feira, 1 de julho de 2015






Zé Maria tem visto o pai todas as noites. Ele entra no quarto, senta-se ao lado do filho e coloca a mão sobre seu corpo, como fazia para acordá-lo quando criança. A diferença é que, naqueles tempos de escola, as unhas do Seu Altivo não estavam sujas de terra. O Zé nem liga mais, mas não vê a hora de chamar um padre pra benzer a casa. Está só esperando o cadáver do velho parar de feder sob as tulipas que plantou no quintal.






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